CRP-12 participa de Audiência Pública sobre Violência nas Escolas
A conselheira Irme Salete Bonamigo representou o Conselho Regional de Psicologia – 12ª Região (CRP-12) na Audiência Pública, realizada pelo Comitê de Operações Integradas de Segurança Escolar (Comseg) da Assembleia Legislativa, em Chapecó, nesta última sexta-feira, dia 2 de junho.
O evento teve como objetivo reunir autoridades, escolas, órgãos públicos, conselhos profissionais e demais entidades da Região Oeste para contribuir com sugestões no enfrentamento da violência nas escolas catarinenses. A ação faz parte de um ciclo de audiências públicas realizadas em Blumenau (dia 25/05), Joinville (dia 26/05) e Lages (dia 1/06). Estão previstas ainda mais duas audiências públicas: uma no dia 15, em Criciúma e no dia 16, em Florianópolis.
Em Chapecó, a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas foi um dos pontos mais abordados pelos participantes. Durante o encontro, foram sugeridas propostas e sugestões para a elaboração de um Projeto de Lei que possibilite prevenir violências nas escolas e aprimorar a segurança no ambiente escolar.
Foram ressaltadas ações voltadas aos cuidados com a saúde mental, assim como ao combate ao preconceito, à discriminação e a todas as outras formas de violência.
Na ocasião, foi defendido o cumprimento da Lei 13.935, que obriga a presença de equipes multiprofissionais de Psicologia e de Serviço Social nas redes públicas de Educação Básica de todo o país. “Esta lei, apesar de ter sido aprovada em 2019, foi implementada apenas em 85 municípios brasileiros”, destaca Irme.
Além da defesa da implementação da Lei 13.935, Irme salienta que violência é um tema complexo e que não se faz o seu enfrentamento apenas com respostas pontuais e no campo da segurança pública. “As violências são resultantes dos nossos modos de olhar, de sentir e de compreender o outro, a nós mesmos e os coletivos com quem vivemos. Para enfrentarmos as práticas violentas, nós precisamos com urgência desconstruir os discursos de ódio que circulam entre nós, assim como os modos punitivistas de respondermos às situações. Precisamos, portanto, construir uma cultura de paz, que acolha os movimentos e transformações da vida. A construção de uma cultura de paz envolve mudança nos processos de subjetividade e alteridade e se constrói com um trabalho coletivo e em rede, em que o afeto seja o suporte para a superação das dificuldades encontradas”, pondera.
Com informações e fotos da Agência Alesc.
Crédito: Marcelo Espinoza e Rodolfo Espínola