CRP-12 promove qualificação interna sobre racismo, subjetividade e as instituições

CRP-12 promove qualificação interna sobre racismo, subjetividade e as instituições

Nos dias 1 e 2 de agosto, as conselheiras, colaboradoras das Comissões e funcionárias do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina — 12ª Região participaram da qualificação “Racismo, subjetividade e as instituições”. O evento foi realizado no Hotel Diaudi, em São José.

 

A qualificação foi ministrada pelo Prof. Dr. Deivison Faustino, sociólogo, professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pesquisador do Núcleo de Estudos Reflexos de Palmares (NERP), e da Assistente Social, Isabela Cristina Pereira. O objetivo foi trazer uma reflexão sobre relações raciais e como a questão da saúde mental está relacionada ao tema.

 

O encontro apresentou questões sobre o racismo, racismo estrutural, racismo institucional e racialização, promovendo o compartilhamento de ideias entre os participantes. No primeiro dia, na abertura do evento, houve a fala da conselheira-presidente Yara Maria Moreira de Faria Hornke (CRP-12/08685). “Esse é mais um passo no enfrentamento do racismo estrutural que ocorre não somente nas instituições, mas na sociedade em geral. Foi um encontro potente e frutífero”, defendeu a presidente.

 

A qualificação iniciou questionando sobre as expectativas dos presentes sobre a qualificação. Depois Faustino e Isabela fizeram um contexto histórico do conceito de raça e trouxe proposições relacionadas à colonização e o viés eurocêntrico do conhecimento. “Temos que lembrar que a história da humanidade e da democracia, não era considerado humano o que não era não ocidental”, explica.

 

Ao longo dos dois dias os participantes tiveram a oportunidade de formar grupos distintos, para pensar coletivamente sobre as relações raciais. Cada grupo colocou suas reflexões em uma cartolina exposta, discutida posteriormente. No segundo dia, novos grupos se reuniram para pensar em como o racismo afetava o ambiente de trabalho e em um segundo momento, quais seriam as possíveis soluções para enfrentar este problema. “O CRP-12 dá mais um passo importante neste debate. Esse momento de formação é oportuno, pois a Psicologia tem sido cobrada cada vez mais a se posicionar sobre o assunto. É fato que racismo produz sofrimento psíquico e infelizmente muitos profissionais não são preparados para lidar com esse tema”, argumenta. 

 

Isabela complementa que é uma discussão pertinente na atuação profissional. “Foi muito interessante ver que pessoal interagindo e se colocando à disposição para compartilhar ideias e propor caminhos”. Na ocasião, foi feita uma lista com as principais ações que já podem ser colocadas em prática e foi criado um Grupo de Trabalho formado por pessoas da Diretoria, do Plenário, das colaboradoras das Comissões e das funcionárias de diversos setores para dar andamento às conversas e ações sobre o assunto.

 

Confira o vídeo que fizemos no Instagram: https://www.instagram.com/reel/C-azW4fu4tD/

 

 

 

 

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